terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CLÓVIS BRAGA JR. VIAJA PARA LUTAR NA AUSTRÁLIA

Após ano de superação, Clóvis Braga Jr. inicia temporada lutando na Austrália



A temporada 2012 foi como uma montanha russa para Clóvis Braga Jr. Ele viveu tanto o drama da incerteza da falta de apoio quanto a glória de levar o Brasil ao pódio longe destas terras. Menos mal que dezembro terminou em alta para o judoca da Canoas Rio Branco…

Foto Miguel Noronha (Portal do Judô)
Encerrou com a convocação para o Festival Olímpico da Austrália, para onde o gaúcho de 15 anos embarca nesta quarta-feira. Prestes a começar de fato um ano-novo repleto de expectativas, será do outro lado do mundo que ele usará a faixa-preta pela primeira vez. E para fazer bonito motivação é o que não falta: “Quero estreá-la em grande estilo”.

Às vésperas a lutar em torneios internacionais em 2013, Clóvis sequer parou de vivenciar a adrenalina de 2012 ainda. “Foi o melhor ano da minha pequena carreira. Consegui bater todas as metas que tinha programado. E terminou de forma ótima”, descreve. “Nem tive férias. Só uma semana e meia depois da seletiva que ganhei a vaga para a Seleção. Descansei e voltei a treinar”, conta, sem dar muita importância para a ausência de folga: “Receber as vitórias e as convocações compensa o esforço”.

E haja esforço nisso. Ainda no primeiro semestre do ano passado, mesmo com a vaga garantida na seleção sub-17, Clóvis quase não embarcou para a Europa por falta de apoio financeiro. Graças a uma campanha nas ruas de Canoas, conseguiu arrecadar fundos e foi-se para o outro lado do oceano – de onde voltou com uma medalha do circuito europeu no peito.

Para 2013, meta é o Mundial


Para 2013, a situação começa mais confortável. Além da competição na Austrália – cuja convocação “foi uma grande surpresa” – Clóvis inicia a nova temporada como número 1 do Brasil na categoria meio-pesado do sub-18. A privilegiada posição no ranking faz com que o judoca pense grande: “Minha meta de 2013 é ir bem na Europa e me consagrar para a vaga do Mundial sub-18 de Miami, no final do ano”.

Mas mesmo sonhando alto, Clóvis não nega as origens. Bem pelo contrário: “Essa união que a gente fez de Canoas foi fundamental”, avalia ele, referindo-se à parceria de treinos entre Rio Branco, Caju e Kiai. “Foi o que melhorou, principalmente na preparação física”, destaca. “Eu treino diariamente e todo treino que faço entro focado.”

“Clóvis tem um dom natural”


Para o professor de Clóvis na Rio Branco, Sandro Nery, o judoca tem um “dom natural” para o judô. “Ele é um menino que é muito dedicado”, confirma. “Na categoria dele, ele é muito explosivo. Tecnicamente ele melhora mais a cada dia que passa”, acrescenta o professor, que joga suas fichas no pupilo: “Ele tem um futuro muito grande”.

Fonte: FGJ